quarta-feira, 7 de novembro de 2012

OLÍMPIADA DA LINGUA PORTUGUESA

Queremos parabenizar a professora Andreia Lemes juntamente com a a Aluna Julia Beatrice de Araujo, pela classificação na fase nacional da Olimpiada de Lingua Portuguesa, "Escrevendo o Futuro edição 2012". Abaixo a Crônica "Desastre de Fadas" 


"DESATRE DE FADAS"

                Um dia ao deitar na cama, comecei a lembrar de alguns momentos de minha vida. Geralmente, as grandes e marcantes histórias começam com uma garota que tem uma madrasta má ou que sofrem terríveis maldiçoes, mas a minha historia não é grande nem marcante, nunca tive uma madrasta e muito menos fui amaldiçoada.
                Mas, ao recordar dos meus seis anos, lembro-me com clareza de ser uma linda e incrível princesa, de perder a minha sandalinha na escada, e algum tempo depois minha mãe estar buscando pela casa o pezinho no qual a sandália entrava.
                Por volta dos oito, eu procurava sete anões que pudessem estar sempre comigo, mas percebi que por mais triste que seja, ninguém iria ficar comigo para sempre. Só me restou desistir e ficar com as pessoas que são um pouco maiores que anões. Passei então a comer maças, no entanto, nunca encontrei nenhuma envenenada, comi apenas duas ou três estragadas.
                Aos nove, eu queria ser uma grande guerreira, mas descobri que guerreiras passam por momento difíceis demais, então preferi ter longos cabelos, apenas para que um belo príncipe pudesse escala-los torre acima e libertar. Mas, até hoje, não cresceram o suficiente...
                No verão em que completei dez anos, meu sonho era ter uma cauda e um pai que fosse o rei dos mares, porém, a minha cauda nunca veio, e meu pai não se tornou o rei dos mares.
                Aos onze, eu era um pouco mais crescida, e minha mente desejava ser ainda maior. Tão nova e eu já queria um fera para mim. Acho que nunca encontrei realmente a fera, apenas pessoas que me deram bons momentos, mas nunca um conto de fadas.
                Contudo, hoje em dia, eu percebo que não preciso viver uma história igual a que os livros contam, mas na realidade preciso apenas fazer a minha própria história. E nessas noites em que eu paro para lembrar de meus sonhos de criança, acredito com a maior força do mundo que moro em um mundo das maravilhas, e que em mim vive alguém que sempre vai acreditar nas forças das belas histórias.
                Escrever é ser autor da própria história, sou Julia de Araújo autora deste texto.







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